“Deixo-me levar por mão invisível.
Vou confiante para onde possa ver.
Sigo devassando véus, vencendo fronteiras do cognoscível, invadindo proibidos templos e catedrais inacessíveis.
Sigo no rumo do inefável.
Mas, a inquietude, o querer ainda mais e minha concretude pesam. Pesam e fazem pesados meus pobres passos. E a estrada é feita do sutil. Sigo, mas de passos arrastados, pegajosos...
O silêncio, a autodoação, a renúncia, a leveza que preciso ter, que preciso ser, não consigo ainda.
Sem asas, sem forças, sem pureza, sem leveza, sem entrega de mim mesmo, como é difícil.
Sinto que sou carga. Sinto que estou pesando para Aquela mão vinda de outro reino, que, por amor e atendendo pedido meu, tenta levar-me para o ápice.
... para Aquilo que Eu Sou.”
(Hermógenes – Mergulho na paz)
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