"Não há nada mais valioso para um indivíduo do que possuir um ideal elevado ao qual ele aspire continuamente, modelando por ele seus pensamentos e sentimentos, e construindo, assim, da melhor forma que possa, a sua vida. Desta forma, se ele esforça-se por tornar-se ao invés de apenas parecer, não cessará de aproximar-se continuamente e cada vez mais de seu objetivo. Ele, porém, não alcançará este ponto sem uma batalha, nem deverá o verdadeiro progresso do qual é consciente, enchê-de de presunção e farisaísmo; pois se elevado for o seu ideal, e o seu progresso em sua direção for real, ele preferirá mais ser humilhado a ensoberbecer-se. As possibilidades de posterior progresso, e a concepção de planos ainda mais elevados de existência que se abrem ante ele, não refrearão o seu ardor, embora certamente eliminarão a sua presunção. É precisamente esta concepção das vastas possibilidades da vida humana que é necessária para aniquilar l'ennui¹, e para transformar a apatia em alegria de viver. “
¹ Significando: 'o tédio', conforme a palavra francesa no original.
(H. P. Blavatsky - Ocultismo Prático - Ed. Teosófica, Brasília - p.80/89)
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