“Na karma ioga, a vida toda do devoto se converte num ritual contínuo, já que cada ação é executada, não com a esperança de ganho ou de vantagem pessoal, mas como uma adoração. Dedicar os frutos do trabalho a Deus é trabalhar sem apegos. (...)Para muitas pessoas, desapego significa indiferença, preguiça, fatalismo. Na verdade, desapego é o extremo oposto da indiferença. É uma virtude positiva, nascida do apego a Deus. De fato, o seguidor da karma ioga precisa estar intensamente apegado ao seu trabalho enquanto o executa. Toda a sua mente precisa estar concentrada em cumpri-lo perfeitamente, uma vez que ele há de ser oferecido como adoração. Entretanto, ele precisa estar apto a desapegar-se a qualquer momento. Pela prática do desapego e do serviço desinteressado, o devoto se liberta da roda da causa e efeito, da ação e recompensa - e ganha o Infinito."
(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 84/86)
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