"Dificilmente prestamos atenção ao som de um cachorro latindo, uma criança chorando ou à risada de alguém que passa. Nós nos separamos de tudo e, uma vez separados, olhamos e ouvimos tudo o mais. É essa separação que é tão destrutiva, pois nela reside todo conflito e confusão. Se prestasse atenção ao som daqueles sinos, em completo silêncio, você viajaria nele - ou melhor, o som o levaria através de vales e montanhas. Sua beleza só pode ser sentida quando você e o som não estão separados, quando se é parte dele. Meditação é o fim da separação, não empreendida por qualquer ação, vontade ou desejo.
Meditação não é uma coisa separada da vida; é-lhe a própria essência, a própria essência da vida diária. Ouça aqueles sinos, a risada do camponês que passa com a esposa, o som da campainha da bicicleta da garota passando: é toda a vida, e não apenas um pedaço dela, que a meditação revela."
( J. Krishnamurti, MEDITATIONS, Março de 1979)
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