“A existência do eu é conhecida através dos seus movimentos na forma de pensamentos, emoções, motivações e assim por diante. Se não há movimento, é impossível ter consciência do eu. Para compreender a sua natureza, é preciso, portanto, entender o que está acontecendo interiormente, o que não é fácil, porque a natureza e a qualidade das atividades da mente estão constantemente se modificando. Se a mente aprendeu a ser sofisticada, essas mudanças são rápidas e sutis. São necessárias clareza, lógica e perspicácia para que a pessoa possa perceber e entender estes movimentos.
Pode parecer uma perda de tempo fazer algo tão banal como olhar e observar as coisas. Mas isso é necessário para que cada candidato ao autoconhecimento perceba as limitações de seu poder de observação; como ele perde modulações sutis e nuances, e de que forma pode aprender sobre cores, formas, movimentos e sentimentos através da observação cuidadosa.
(Radha Burnier, O Caminho do Autoconhecimento, Editora Teosófica, Brasília, DF, pg. 67 a 70.)
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