“O karma é a grande lei da natureza, com tudo o que isso implica. Assim como podemos nos mover no universo físico com segurança, conhecendo as suas leis, também podemos nos mover nos universos mental e moral com segurança, na medida em que aprendemos as suas leis. No que se refere aos seus defeitos morais mentais, a maioria das pessoas está de fato na posição do homem que desiste de subir escadas por causa da lei da gravidade. Elas se sentem impotentes e dizem: ‘Essa é a minha natureza. Não posso evitá-la.’ Na verdade, essa é a natureza do homem, a que ele criou no passado, e que representa o ‘seu karma’. Com o conhecimento do karma, entretanto, o homem pode modificar a sua natureza, tornando-a, amanhã, diferente do que é hoje. Ele não está preso a um destino inevitável, imposto de fora; ele vive num mundo sujeito a determinadas leis, repleto de forças naturais que ele pode utilizar para alcançar o estado de coisas que deseja ter. Conhecimento e vontade – eis do que esse homem precisa. Ele precisa compreender que o karma não é uma força que esmaga, mas a manifestação de condições a partir das quais os resultados crescem. Enquanto ele viver descuidadamente, de uma forma leviana, será como um homem boiando num regato, batido por qualquer tronco que passe, empurrado por qualquer sopro casual de vento, apanhado por qualquer redemoinho inesperado. Isso significa fracasso, desgosto, infelicidade. A lei dá-lhe possibilidade de alcançar com sucesso os seus fins, e coloca ao seu alcance forças das quais pode se utilizar.”
(Annie Besant, Os Mistérios do Karma e a sua Superação, Editora Pensamento, p.39/40)
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