quarta-feira, 28 de setembro de 2016

ILUSÃO


         
“Quando o Sol desponta acima da linha do horizonte, Ravi desce do caminho estreito que leva ao riacho para se banhar e dar início às meditações do dia. Enquanto se lava ele canta os mantras que aprendeu com seu guru. O som da água da folhagem e dos pássaros se fundem com seu canto e ele está em paz.
Ao sair do riacho sua paz é subitamente quebrada. No primeiro passo fora d’água ele pisa sobre um corpo frio e roliço. Seu coração dispara e ele espera da cobra uma picada fatal. Ele retira rapidamente o pé, olha para o chão e percebe que pisara em um pedaço de corda velha e molhada. A tranquilidade volta aos poucos e ele se sente envergonhado, pois fora enganado por maya, a ilusão.
Assim como Ravi, estamos todos submetidos à ilusão. Ela está presente em toda a parte, nos envolve em níveis diversos e nos induz a variados erros."

(Guilherme Santos Silva, Relatividade e Ilusão, Revista Sophia, Ano 2, Nº 5, p. 32)

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