"A menos que a pessoa comece por estar cônscia de si própria, tanto da parte consciente como da inconsciente; a menos que perceba seus próprios motivos, conflitos, angústias, seu sentimento de culpa, suas ansiedades e desesperos, qualquer forma de meditação, contemplação ou oração só pode levar à auto-hipnose. A pessoa pode ter visões, porém estas são apenas a projeção de seu próprio condicionamento. O cristão verá Cristo e o hinduísta seu deus especial.(...) Mas o que experimentam, o que vêem em suas visões, é, em verdade, reação de seu fundo, sua educação, seu meio cultural; e, para meditar corretamente, a pessoa precisa estar livre desse condicionamento. Do contrário, a meditação é a mesma coisa que um círculo vicioso; o condicionamento projeta as visões, e estas, a seu turno, fortalecem o condicionamento."
(Krishnamurti, O Libertador da Mente, In Seleta de Krishnamurti, Carlos de Souza Alves — Ex-Vice- Presidente da Instituição Cultural Krishnamurti do Brasil — Edição do Autor, Rio de Janeiro, 1991).
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