"Muitos pensam que na vida diária não é necessário dar-se ao incômodo de falar claramente; isso importa muito mais do que imaginam, porque estamos a todo instante construindo nosso próprio ambiente, que por sua vez reage sobre nós. Enchemos nossos cômodos e lares com nossos próprios pensamentos, e depois temos de viver ali. Se, por exemplo, um indivíduo permite deixar-se vencer pela depressão, seu cômodo fica carregado dessa qualidade, e qualquer pessoa sensitiva que ali penetre se apercebe de certa diminuição de vitalidade, de uma perda de tonalidade. Muito mais ele que vive a maior parte do tempo nesse cômodo, é perpetuamente afetado pela depressão, e não pode facilmente livrar-se dela. Da mesma forma, o homem que se rodeia de uma atmosfera de formas sonoras desagradáveis engendradas por uma linguagem descuidada e inculta produz uma atmosfera onde estas formas reagem constantemente sobre ele, e está sujeito a reproduzir estas formas desagradáveis; se não toma cuidado, ver-se-á contraindo o hábito de falar com aspereza e grosseria."
(LEADBEATER, C.W., Os Mestres e a Senda, Ed. Pensamento, pág.95)
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