“O Upanixade Kena diz que a chegada de Brahman é como um ‘piscar de olho’. A revelação de Brahman é instantânea, tão súbita e rápida como um piscar de olho. A experiência de Brahman é momentânea, mas esse momento tem a riqueza de uma Eternidade. Brahman ou Realidade pode ser experienciado de momento a momento. Qualquer desejo de estender o momento significaria trazer a percepção de Brahman para o processo do tempo. Mas como pode o Transcendente ser percebido na região do Tempo? Somente no momento atemporal é que Brahman pode ser conhecido. Isso significa que para a experiência de Brahman precisamos descartar viver no processo do tempo? As atividades do dia a dia do homem precisam estar no processo do tempo. Mas aquele que obteve um vislumbre momentâneo de Brahman no momento atemporal retorna ao processo do tempo com um sentido de êxtase. Ele preenche o processo do tempo com esse êxtase. Ele não é mais a mesma pessoa. Ele traz para o processo do tempo a fragrância do Atemporal. Embora Brahman chegue como um flash de luz, tal é o brilho desse flash que ilumina toda a existência do homem. (...)
Somente quando a consciência humana está repleta de amor é que ela experiência a chegada de Brahman.”
(Rohit Mehta, O chamado dos Upanixades, Editora Teosófica, 2003, p. 48.)
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