segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

A JUSTIÇA E A COMPAIXÃO DA LEI KÁRMICA


"A Lei é Justa, porque dá a cada um precisamente o que é devido ao bem e ao mal. Ninguém sofre mais do que o que mereceu. Ninguém gozará recompensas que não te­nha conquistado e ninguém será exaltado a expensas de outrem. A Lei é Justa, porque é a Lei, ou o Método de Deus. Temos tendência para confundir nossa arbitrária noção de justiça com a Justiça que é de Deus. Nossa jus­tiça está, invariavelmente, mesclada a outras qualidades, consciente ou inconscientemente; daí que 'Seus cami­nhos não são os nossos caminhos, nem Seus pensamentos são os nossos pensamentos'. Ainda não. Quando nossa maneira de ser e nossos pensamentos forem os Seus, tere­mos alcançado a Meta, tornando-nos unos com Ele — 'perfeitos como nosso Pai Celeste é perfeito' — que é o Grande Todo-Eu em cada coração. Pensamos que estamos sofrendo injustamente, e achamos que, não fosse por esta ou aquela ação de determinada pessoa, poderíamos ter evitado esse sofrimento. Realmente! Que conhecimen­to temos nós de todos os trabalhos ocultos da Lei? Pen­samos que um bom Deus castiga pelo que não foi come­tido? Podeis estar certos de que o braço que nos golpeia é o nosso próprio braço, levantado contra nós mesmos; é o resultado de alguma coisa que fizemos no passado. A escuridão que nos envolve é uma neblina que nós mes­mos criamos.”

(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Editora Pensamento, São Paulo - p. 26)

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