"A Lei é Justa, porque dá a cada um precisamente o que é devido ao bem e ao mal. Ninguém sofre mais do que o que mereceu. Ninguém gozará recompensas que não tenha conquistado e ninguém será exaltado a expensas de outrem. A Lei é Justa, porque é a Lei, ou o Método de Deus. Temos tendência para confundir nossa arbitrária noção de justiça com a Justiça que é de Deus. Nossa justiça está, invariavelmente, mesclada a outras qualidades, consciente ou inconscientemente; daí que 'Seus caminhos não são os nossos caminhos, nem Seus pensamentos são os nossos pensamentos'. Ainda não. Quando nossa maneira de ser e nossos pensamentos forem os Seus, teremos alcançado a Meta, tornando-nos unos com Ele — 'perfeitos como nosso Pai Celeste é perfeito' — que é o Grande Todo-Eu em cada coração. Pensamos que estamos sofrendo injustamente, e achamos que, não fosse por esta ou aquela ação de determinada pessoa, poderíamos ter evitado esse sofrimento. Realmente! Que conhecimento temos nós de todos os trabalhos ocultos da Lei? Pensamos que um bom Deus castiga pelo que não foi cometido? Podeis estar certos de que o braço que nos golpeia é o nosso próprio braço, levantado contra nós mesmos; é o resultado de alguma coisa que fizemos no passado. A escuridão que nos envolve é uma neblina que nós mesmos criamos.”
(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Editora Pensamento, São Paulo - p. 26)
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