“Pretensão infantil me levou a filosofar com a fonte. Desejei estimulá-la, e disse-lhe:
- Hoje, minha amiga, és humilde e ainda muito longe estás de tua imersão no Mar. Nada de impaciência. Tem fé e persistência. Algum dia chegarás ao Mar e herdará sua imensidão.
E a fontezinha do grotão, de voz de cristal gelado, falando bonito, me disse:
- Não vês? Eu estou vindo do Mar, embora pareça nascer do fundo da pedra. Já sou o Mar. Nunca deixei de ser o Mar.”
(Hermógenes – Mergulho na paz)
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