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segunda-feira, 29 de abril de 2019

O PROPÓSITO DA MEDITAÇÃO


"Na imobilidade e no silêncio da meditação, retornamos num lampejo àquela profunda natureza interior que há tanto perdemos de vista para o mundo dos negócios e das distrações da nossa mente. Não é extraordinário que ela só possa se acalmar por uns poucos instantes sem aferrar-se a uma distração? Nossa mente é de tal forma inquieta e preocupada que às vezes penso que viver numa cidade em nosso mundo de hoje é já viver como os seres atormentados do estágio intermediário que se segue à morte, quando se diz que a consciência é angustiosamente inquieta. De acordo com algumas autoridades, mais de 13% das pessoas nos Estados Unidos sofrem de algum tipo de desordem mental. O que isso diz sobre o modo como vivemos?
Somos fragmentados em tantos aspectos diferentes! Não sabemos quem de fato somos, com que aspectos de nós mesmos devemos nos identificar, ou em quais devemos crer. Tantas vozes, comandos e sentimentos diferentes lutam pelo controle de nossa vida interior que vemo-nos dispersos por toda a parte, em todas as direções, deixando a casa sem ninguém. A meditação, é então, trazer a mente para casa." 

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, p. 89)

quarta-feira, 9 de maio de 2018

COMPAIXÃO: PONDO-SE NO LUGAR DO OUTRO




"Quando alguém está sofrendo e você se sente perdido, sem saber como ajudar, coloque-se resolutamente no lugar dele. Imagine da maneira mais viva possível o que estaria passando se estivesse sofrendo a mesma dor. Pergunte-se: "Como eu me sentiria? Como haveria de querer que meus amigos me tratassem? O que mais desejaria deles?" Quando se coloca desse modo no lugar de outras pessoas, você transfere diretamente seus cuidados do foco habitual - você próprio - para outros seres. Assim, pôr-se no lugar do outro é um meio muito poderoso de livrar você do domínio da autocomplacência do eu e do apego do ego a si mesmo, e assim liberar a essência da sua compaixão."

RINPOCHE, Sogyal. "O Livro Tibetano do Viver e do Morrer" (p. 266) Ed. Palas Athena.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

AS PORTAS DA PERCEPÇÃO



"Vemos tudo à nossa volta do modo como vemos porque temos estado solidificando repetida vezes e do mesmo modo, vida após vida, nossa experiência da realidade interna e externa, e isso levou à convicção equivocada de que aquilo que vemos é objetivamente real. De fato, quando vamos mais fundo no caminho espiritual, aprendemos como trabalhar com as nossas percepções fixas. Todos os nossos velhos conceitos do mundo, da matéria ou mesmo de nós próprios são purificados e dissolvidos, e um campo de visão e de percepção inteiramente novo, que se pode chamar "celestial", abre-se diante dos nossos olhos. Ou como disse Blake: Se as portas da percepção fossem purificadas, Tudo apareceria... tal como é, infinito."

SOGYAL, Rinpoche. "O Livro Tibetano do Viver e do Morrer." (p. 167) Ed. Palas Athena.

domingo, 18 de março de 2018

SERVIDORES DA PAZ

 
"Quero que cada ser humano não tema a morte, ou a vida; quero que cada ser humano chegue à morte em paz, rodeado do mais sábio, claro e terno cuidado, encontrando a felicidade suprema que só pode vir da compreensão da natureza da mente e da realidade."

RINPOCHE, Sogyal "O Livro Tibetano do Viver e do Morrer" (p. 462) Ed. Palas Athena.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

A PROMESSA DE ILUMINAÇÃO


"(...) A iluminação, como já disse, é real; cada um de nós, seja quem for, pode nas circunstâncias certas e com o treinamento adequado realizar a natureza da mente, e assim conhecer em si mesmo o que é imortal e eternamente puro. Essa é a promessa de todas as tradições místicas do mundo, e ela foi e está sendo cumprida em milhares e milhares de vidas humanas.
Essa promessa é ainda mais maravilhosa porque não se trata de alguma coisa exótica ou fantástica, nem para uma elite, mas para toda a humanidade. E quando nós a realizamos, dizem os mestres, é inesperadamente comum. A verdade espiritual não é algo elaborado e esotérico, mas é um profundo bom senso. Quando você tem a realização da natureza da mente, camadas de confusão são removidas. Você de fato não 'se torna' um buda, mas simplesmente deixa pouco a pouco de viver no engano e na ilusão. E ser um buda não é ser um onipotente super-homem espiritual, mas tornar-se um verdadeiro ser humano."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, p. 82/83) 

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

CONSCIENTIZAÇÃO DO KARMA


"Para os tibetanos, o carma tem um significado realmente vivo e prático no seu cotidiano. Eles vivem de acordo com o princípio do carma, no conhecimento da verdade que contém, e essa é a base da ética budista. Eles o entendem como um processo justo e natural. O carma inspira neles, portanto, um sentido de responsabilidade pessoal em tudo o que fazem. Quando eu era jovem, minha família tinha um excelente empregado chamado A-pé Dorje, que gostava muito de mim. Ele era realmente um santo, e nunca fez mal a ninguém em toda sua vida. Sempre que, em minha infância, eu dizia ou fazia algo prejudicial, ele replicava gentilmente: 'Oh, isso não está certo'; desse modo, instilava em mim um profundo senso da onipresença do carma e um hábito quase automático de transformar minhas reações, caso algum pensamento nocivo me invadisse o coração.
É realmente tão difícil perceber o carma em ação? Não basta apenas olhar para trás em nossas vidas para ver com clareza as consequências de alguns de nossos atos? Quando aborrecemos ou ferimos alguém, isso não veio de volta contra nós? Não fomos deixados com uma amarga e negra recordação, e com as sombras da autodesaprovação? Essas recordações e sombras são o carma. Nossas hábitos e medos também provêm do carma, o resultado de ações, palavras e pensamentos que tivemos no passado. Se examinarmos nossas ações e tomarmos realmente consciência delas, veremos que há um padrão que se repete: sempre que agimos negativamente, isso resulta em dor e sofrimento; sempre que agimos positivamente, isso no final resulta em felicidade."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, 1999 - p. 133/134)

domingo, 22 de outubro de 2017

DISCERNIMENTO



"Duas pessoas conviveram dentro de você durante toda sua vida. Uma é o ego, tagarela, exigente, histérico, calculista; a outra é o ser espiritual oculto, cuja voz sábia e serena você raramente ouviu e, se o fez, não a atendeu. À medida que ouve mais e mais os ensinamentos, que os contempla e integra em sua vida, essa voz interior, sua sabedoria inata do discernimento, chamada no budismo de 'sabedoria discriminativa', é despertada e fortalecida, e você começa a distinguir sua orientação das diferentes vozes clamorosas e sedutoras do ego. A lembrança da sua real natureza, com todo seu esplendor e confiança, começa a retornar para você. (...)
Quanto mais ouvir esse guia sábio, mais facilmente você mesmo estará preparado para mudar seus maus-humores, ver através deles e até rir-se deles pelos absurdos dramas e ridículas ilusões que criam. Gradualmente se descobrirá capaz de libertar-se mais depressa das emoções negativas que governaram sua vida, e essa habilidade é o maior de todos os milagres. "

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena,p. 163/164) 

domingo, 15 de outubro de 2017

AS TRÊS FERRAMENTAS DA SABEDORIA


"O caminho para descobrir a liberdade da sabedoria da ausência do ego, segundo os mestres, passa pelos processos de ouvir e escutar, contemplar e refletir, e meditar. Eles nos aconselham a começar pelo ouvir repetidamente os ensinamentos espirituais. Ouvindo, eles nos recordarão uma e outra vez da nossa oculta natureza de sabedoria. É como se fôssemos aquela pessoa que pedi que imaginassem sofrendo de amnésia numa cama de hospital, e alguém que nos amasse e se importasse conosco estivesse nos sussurrando no ouvido o nosso verdadeiro nome, mostrando-nos fotografias de família e de velhos amigos, tentando trazer de volta o conhecimento da nossa identidade perdida. Gradualmente, ao ouvir os ensinamentos, certas passagens e visões interiores neles contidos farão vibrar um estranho acorde em nós, lembranças da nossa verdadeira natureza começarão a voltar pouco a pouco, despertando um profundo sentimento de alguma coisa despretensiosa e misteriosamente familiar"


(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, p. 165)

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

COMO SEGUIR O CAMINHO


"Todos nós temos carma para encontrar algum caminho espiritual, e eu gostaria de encorajar você, do fundo do meu coração, a seguir com total sinceridade o caminho que mais o inspirar.
Leia os grandes livros sobre espiritualidade de todas as tradições, chegue a algum entendimento sobre o que os mestres querem dizer com libertação e iluminação e descubra qual é a abordagem da realidade absoluta que mais o atrai, que é mais adequada a você. Desenvolva a sua busca com todo o discernimento de que for capaz;o caminho espiritual exige mais inteligência, mais sóbrio entendimento, mais poder sutil de discriminação do que qualquer outra disciplina, porque a mais alta verdade está em jogo. Use o seu bom senso a todo instante. Venha para o caminho de maneira bem-humorada, o mais consciente possível da bagagem que traz com você: suas carências,fantasias, fracassos,e projeções. Combine, com elevada consciência de que sua verdadeira natureza pode ser, humilde realista ;e sensata com a clara avaliação de onde você está na sua jornada espiritual e o que ainda resta a ser entendido e realizado."

(Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, Ed. Palas Athena, p.187)
www.palasathena.com.br

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

TREINANDO A MENTE


"Os mestres da meditação budista sabem o quão flexível e maleável é a mente. Se a treinamos, tudo é possível. Na verdade, já somos perfeitamente treinados pelo samsara e para ele, treinados para ficar ciumentos, treinados para o apego, treinados para ser ansiosos e tristes e desesperados e ávidos, treinados para reagir com raiva ao que quer que nos provoque. Somos treinados, de fato, até o ponto dessas emoções negativas surgirem de modo espontâneo, sem que tentemos produzi-las. Assim, tudo é uma questão de treino e do poder do hábito. Dedique a mente à confusão e logo veremos - se formos honestos - que ela se tornará uma mestra sinistra na confusão, competente no seu vício, sutil e perversamente dócil em sua escravidão. Dedique a mente na meditação à tarefa de libertá-la da ilusão e veremos que com tempo, paciência, disciplina e o treinamento adequado, ela começará a desembaraçar-se e conhecer sua bem-aventurança e claridade essenciais."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, 1999 - p. 87/88) 

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

ILUMINAÇÃO


"No mundo moderno há poucos exemplos de seres humanos que encarnam as qualidades que advêm da realização da natureza da mente. Então nos é difícil até imaginar a iluminação ou as percepções de um ser iluminado, e mais ainda começar a pensar que nós mesmos podemos nos tornar iluminados.(...)
Mas a iluminação é real, e ainda há mestres iluminados na terra. Se você encontra um deles, será sacudido e tocado no fundo do seu coração, e perceberá que todas as palavras tais como 'iluminação' e 'sabedoria', que você pensou serem só ideias, são de fato verdades. Apesar de todos os seus perigos, o mundo de hoje é também muito empolgante. A mente moderna está se abrindo lentamente para diferentes visões da realidade. Pode-se ver na televisão grandes mestres como o Dalai Lama e Madre Teresa de Calcutá; muitos mestres do Oriente agora visitam e ensinam no Ocidente, e livros de todas as tradições místicas estão ganhando um número cada vez maior de leitores. A situação desesperada do planeta está despertando as pessoas para a necessidade de transformação em escala global. (...)"

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, p. 81/82) 

domingo, 13 de agosto de 2017

O CARMA

"Em palavras simples, o que significa carma? Significa que o que quer que façamos com nosso corpo, nossa fala ou nossa mente terá sempre um resultado correspondente. Cada ação, mesmo a menor delas, está prenhe de suas consequências. Os mestres costumam dizer que mesmo um pequeno veneno pode matar, e até uma sementinha pode transformar-se em uma grande árvore. Como disse o Buda: 'Não faça vista grossa às ações negativas só porque elas são pequeninas; por menor que seja a faísca, pode queimar um monte de feno do tamanho de uma montanha'. O Buda disse também: 'Não despreze as pequenas boas ações pensando que elas não ajudam em nada; mesmo pequenas gotas de água, no final, enchem o jarro'. O carma não se desgasta, como as coisas externas, e jamais se torna inoperante. Não pode 
ser destruído 'pela água, pelo fogo, pelo tempo'. Seu poder nunca cessa, até que amadureça. (...)"

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, p. 128/129)

quinta-feira, 6 de julho de 2017

COMO SEGUIR O CAMINHO

"(...) Quando você continua procurando o tempo todo, a busca em si se torna uma obsessão que o domina. Você se torna uma espécie de turista espiritual, circulando muito sem nunca chegar a parte alguma. Como disse Patrul Rinpoche: 'Você deixa o elefante em casa e fica procurando as pegadas dele na floresta'. Seguir um ensinamento não é um modo de confinar você ou de, por ciúme, monopolizá-lo. É uma maneira compassiva e hábil de mantê-lo centrado e sempre no caminho, apesar de todos os obstáculos que você e o mundo inevitavelmente enfrentarão.
Assim, quando tiver explorado as tradições místicas, escolha um mestre e siga-o. Uma coisa é sair para a jornada da espiritualidade; outra completamente diversa é encontrar a paciência e a persistência, a sabedoria, a coragem e a humildade para ir até o fim. Você pode ter o carma para encontrar um professor, mas deve então criar o carma para segui-lo; pois poucos entre nós sabem verdadeiramente seguir um mestre, o que em si é uma arte. Assim, não importa quão grande seja o ensinamento ou o mestre, o essencial é que você encontre em si mesmo a percepção interior e a habilidade para aprender como amar e seguir o mestre e o ensinamento."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer) 
Fonte:http://chavesparaasabedoria.blogspot.com.br/2017/04/

quarta-feira, 14 de junho de 2017

REENCARNAÇÃO


"A crença na reencarnação mostra-nos que há no universo uma espécie de justiça ou bondade suprema. É essa bondade que todos estamos querendo descobrir e libertar. Sempre que agimos positivamente, movemo-nos na direção dela; sempre que agimos negativamente, nós a obscurecemos e inibimos. E sempre que não podemos expressá-la em nossas vidas e ações sentimo-nos infelizes e frustrados. 
Assim, se tiver de tirar uma mensagem essencial do fato da reencarnação, seria esta: desenvolva esse bom coração que deseja ardentemente que os outros seres encontrem felicidade duradoura, e que age para assegurá-la. Nutra e pratique a bondade."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena)

sexta-feira, 9 de junho de 2017

KARMA


"(...) Tudo o que acontece conosco agora reflete nosso carma passado. Se sabemos disso e o sabemos realmente, sempre que sofrimento e dificuldades nos atingem não os vemos mais como falhas ou catástrofes, nem os vemos de modo algum como punição. Não nos culpamos mais, nem nos permitimos odiar a nós mesmos. Vemos que a dor que atravessamos é a culminância dos efeitos, a fruição de um carma passado. Os tibetanos costumam dizer que o sofrimento é 'uma vassoura que varre todo o nosso carma negativo'. Podemos até ser-lhes gratos porque um carma está chegando ao fim. Sabemos que a 'boa sorte', um fruto do bom carma, pode logo passar se não a usarmos bem, e a 'má sorte', o resultado do carma negativo, pode na verdade estar dando a nós uma maravilhosa oportunidade de evoluir."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena)

terça-feira, 16 de maio de 2017

OPORTUNIDADE DE EVOLUIR


"(...) Tudo o que acontece conosco agora reflete nosso carma passado. Se sabemos disso e o sabemos realmente, sempre que sofrimento e dificuldades nos atingem não os vemos mais como falhas ou catástrofes, nem os vemos de modo algum como punição. Não nos culpamos mais, nem nos permitimos odiar a nós mesmos. Vemos que a dor que atravessamos é a culminância dos efeitos, a fruição de um carma passado. Os tibetanos costumam dizer que o sofrimento é 'uma vassoura que varre todo o nosso carma negativo'. Podemos até ser-lhes gratos porque um carma está chegando ao fim. Sabemos que a 'boa sorte', um fruto do bom carma, pode logo passar se não a usarmos bem, e a 'má sorte', o resultado do carma negativo, pode na verdade estar dando a nós uma maravilhosa oportunidade de evoluir."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena)

sábado, 6 de maio de 2017

A MENTE EM MEDITAÇÃO


"O que, então, devemos 'fazer' com a mente em meditação? Absolutamente nada. Deixá-la como está. Um mestre descreveu a meditação como a 'mente suspensa no espaço, em lugar nenhum'.
O ditado é famoso: 'A mente é espontaneamente feliz se não é forçada, assim como a água é naturalmente transparente e clara se não é agitada'. Com frequência comparo a mente em meditação com um jarro de água barrenta: quanto menos interferência ou agitação tiver, mais as partículas de terra se depositam no fundo, permitindo que a claridade natural da água transpareça. A própria natureza da mente é tal que, se você a deixar em seu estado inalterado e natural, ela encontrará sua verdadeira natureza, que é a bem-aventurança e claridade."

( Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, Ed. Palas Athena)

segunda-feira, 24 de abril de 2017

ENCONTRAR O CAMINHO


“Em outros tempos e civilizações, esse caminho de transformação espiritual foi restrito a um número relativamente limitado de pessoas; agora, no entanto, se se quiser preservar o mundo dos perigos internos e externos que o ameaçam, uma grande porção da raça humana deve procurar o caminho da sabedoria. Neste tempo de violência e desintegração, a visão espiritual não é um luxo elitista, mas algo vital para a nossa sobrevivência”

(Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, Ed. Palas Athena, pg. 183)

sábado, 22 de abril de 2017

SAMSARA MODERNO


“Esse samsara moderno alimenta-se de ansiedade e depressão que ele próprio fomenta, e para as quais nos treina e cuidadosamente nutre com um mecanismo de consumo que precisa manter-nos ávidos para continuar funcionando. O samsara é altamente organizado, versátil e sofisticado. Investe sobre nós de todos os lados com sua propaganda, criando à nossa volta uma cultura de dependência quase inexpugnável. Quanto mais tentamos escapar, mais nos sentimos enredar nas armadilhas que ele tão engenhosamente nos prepara. Como dizia no século XVIII o mestre tibetano Jikmé Lingpa: ‘Hipnotizados pela mera variedade de percepções, os seres vagam infinitamente perdidos no círculo vicioso do samsara’.”

(Sogyal Rinpoche, O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, Ed. Talento, pg 41)