sexta-feira, 10 de novembro de 2017

CONSCIENTIZAÇÃO DO KARMA


"Para os tibetanos, o carma tem um significado realmente vivo e prático no seu cotidiano. Eles vivem de acordo com o princípio do carma, no conhecimento da verdade que contém, e essa é a base da ética budista. Eles o entendem como um processo justo e natural. O carma inspira neles, portanto, um sentido de responsabilidade pessoal em tudo o que fazem. Quando eu era jovem, minha família tinha um excelente empregado chamado A-pé Dorje, que gostava muito de mim. Ele era realmente um santo, e nunca fez mal a ninguém em toda sua vida. Sempre que, em minha infância, eu dizia ou fazia algo prejudicial, ele replicava gentilmente: 'Oh, isso não está certo'; desse modo, instilava em mim um profundo senso da onipresença do carma e um hábito quase automático de transformar minhas reações, caso algum pensamento nocivo me invadisse o coração.
É realmente tão difícil perceber o carma em ação? Não basta apenas olhar para trás em nossas vidas para ver com clareza as consequências de alguns de nossos atos? Quando aborrecemos ou ferimos alguém, isso não veio de volta contra nós? Não fomos deixados com uma amarga e negra recordação, e com as sombras da autodesaprovação? Essas recordações e sombras são o carma. Nossas hábitos e medos também provêm do carma, o resultado de ações, palavras e pensamentos que tivemos no passado. Se examinarmos nossas ações e tomarmos realmente consciência delas, veremos que há um padrão que se repete: sempre que agimos negativamente, isso resulta em dor e sofrimento; sempre que agimos positivamente, isso no final resulta em felicidade."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, 1999 - p. 133/134)

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

COMPREENDER, COMPARTILHAR E AMAR


"O que é compartilhar? Será doar coisas de que não mais precisamos, a sobra da nossa fartura? Kahlil Gibran diz, no livro O Profeta: 'Você doa apenas um pouco quando doa de suas posses. Quando doa de si mesmo é que você verdadeiramente doa. Pois o que são suas posses senão coisas que você mantém e guarda com medo de que possa precisar delas amanhã? E o que é o medo da necessidade senão a própria necessidade?'
Não podemos dar e partilhar nossa compreensão, e não podemos compreender os outros sem primeiramente compreendermos a nós mesmos. Podemos dar conhecimento aos outros, mas não sabedoria; o autoconhecimento é algo que devemos aprender de nós mesmos. (...)
Somos todos iguais. Todo mundo busca o amor. Queremos ser felizes e evitar o sofrimento. Mas se olho para a outra pessoa como sendo eu, então é mais fácil compreendê-la e amá-la. Quando eu me vejo no outro, então posso começar a sentir amor e compaixão. (...)"

(Pertti Spets - Compreender, compartilhar e amar - Revista Sophia, Ano 8, nº 29 - p. 19)

SIMPÓSIO DE TRANSDISCIPLINARIDADE E ASTROLOGIA

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

DESEMPENHE BEM O SEU PAPEL NO TEATRO DA VIDA


"É sábio esforçar-se para fazer a vontade divina em tudo, porque este é o caminho para a felicidade e para a paz de espírito. Se você analisar bem, verá que é uma ideia colossal. Um cosmos vastíssimo, com diferentes forças da natureza, está unido pelo poder regente de Deus. Tudo funciona em harmonia mútua com o Plano Divino. Somos parte do programa universal - assim como o sol, a lua e as estrelas. Temos de fazer a nossa parte; representar o papel que nos foi designado por Deus, e não o que queremos representar. Quando você usa sua própria vontade em oposição à vontade divina, estraga a dramatização, pois não contribui com a parte que lhe cabe na realização do grande plano deste universo. Devemos dizer: 'Farei o que Deus quer que eu faça'. Acho que assim você será muito mais feliz e pacífico; estará muito melhor.”

( Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus)

terça-feira, 7 de novembro de 2017

SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A VIDA DIÁRIA


“Nossa própria natureza é tão vil, orgulhosa, ambiciosa, e tão cheia de seus próprios apetites, julgamentos e opiniões, que se as tentações não a dominassem, ela se deterioraria irremediavelmente; portanto somos tentados até o fim para que possamos conhecer a nós mesmos e ser humildes. Sabe que a maior das tentações é a de não ter tentação alguma, por esse motivo alegra-te quando elas te assaltarem , e com resignação, paz e constância, resiste a elas.”
(Blavatsky, Ocultismo Prático, Editora Teosófica)

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

TRANSFORMAÇÃO INTERIOR


"Nós contatamos o mundo através da sensação. Todas as sensações são agradáveis ou dolorosas. Quando a sensação é agradável, a mente agarra-se a esta, nela se prendendo. O desejo é o produto, e este desejo permeia a mente e opera através da memória. Queremos que o desejo seja satisfeito repetidamente e não há fim nisso. Quando o desejo se faz sentir, o seu ardor impera, e a mente cai sob o seu fascínio; ela é escravizada pelo desejo. O desejo é infindável em sua escravização. Ele nos prende ao nosso passado, é repetitivo, fascina o nosso pensamento, impede a consciência de estar totalmente no presente. Não podemos dizer ‘não é isto’ até que nos coloquemos acima disso. O nosso pensamento está em um casamento desigual com o desejo, e isso é chamado de kᾱma-manas. Até que vejamos o seu processo e compreendamos as suas ilusões, não podemos mudar a nós mesmos.”

(N. Sri Ram - O Homem sua Origem e Evolução)

domingo, 5 de novembro de 2017

COMO VER COM CLAREZA


"(...) Quando estudamos a mente pura e a impura, ou a mente clara e a obscura, é como ver o sol encoberto pelas nuvens, que parece não fornecer luz e nem calor. Mas o sol está sempre lá; se as nuvens se dissiparem, ele brilhará novamente. A vasta mente que fornece algum tipo de inteligência a todas as criaturas está em toda parte, mas é obscurecida pelo desejo pessoal, egoísta.
Se todo desejo puder ser posto de lado, você irá, de acordo com certos instrutores espirituais, tornar-se iluminado. De maneira sutil, abra mão de tudo que você se apegou internamente. Você não tem que jogar fora a mobília, mas não se prenda a coisa alguma. Você deve usar as palavras 'eu' e 'meu' sem se sentir possessivo ou apegado.”
(Radha Burnier - Equilíbrio na mente - Revista Sophia)

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

O PODER DOS PENSAMENTOS


"O pensamento é uma força que molda a si mesma para se tornar uma entidade ativa. Ele sobrevive por um período mais longo ou mais curto, dependendo da intensidade do pensamento e da paixão que o animam. Se os pensamentos forem repetidos, uma energia renovada é adicionada à forma que havia sido criada. Como resultado, cada pessoa vive em meio a um mundo de entidades-pensamento autocriadas, um pequeno mundo de influências. Assim criamos um karma e nos tornamos responsáveis por muito mais do que nossas vidas pessoais.”

(Radha Burnier - O poder dos pensamentos - Revista Sophia)

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

ASPECTOS DA NOSSA NATUREZA


"Cada aspecto de nossa natureza, tanto o bem quanto o mal, é exigido para a tarefa à nossa frente. Tal como o redirecionamento de energia, todos os elementos dentro de nós devem ser transformados. Tanto os vícios quanto as virtudes, dizem-nos, são ‘passos (que) compõem a escada’ por meio da qual ascendemos ao mais elevado. Como diz o comentário: ‘Toda a natureza do homem deve ser usada sabiamente por aquele que deseja entrar no caminho’”.
(Joy Mills - Buscai o caminho - Revista Theosophia)