quarta-feira, 21 de setembro de 2016

SABEDORIA


Você ponderou sobre os prazeres e os rejeitou. Não aceitou aquela cadeia de posses na qual os homens prendem-se e debaixo da qual afundam. Há o caminho da Sabedoria e o caminho da não-sabedoria. Eles são distantes um do outro e conduzem a diferentes fins. Você é Naciketa, seguidor do caminho da sabedoria – que os prazeres não o movam. (Upanixade Katha)

“Devemos entender claramente que a Sabedoria não é algo oposto à ignorância. A Sabedoria não tem oposto. Ela surge quando tanto a ignorância quanto o conhecimento são negados. No verso acima Yama diz que os homens afundam porque se tornam pesados com as posses que acumularam. Obviamente o caminho da Sabedoria é aquele em que o homem se torna mais leve tendo se desprendido de todas as suas posses – e é, portanto, capaz de nadar facilmente na corrente da vida. O homem de sabedoria não é aquele que se senta ociosamente na margem, despreocupado acerca da corrente da vida. Ele está na corrente, mas não afunda, pois, despojado de todas as posses, nada tendo a guardar ou defender, pode, abandonar a si próprio à corrente da vida. Tal pessoa desapegada não pode afundar, porque a própria corrente o protege.”

(Rohit Mehta, O Chamado dos Upanixades, Editora Teosófica, 2003, p.62/63.)

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