domingo, 8 de outubro de 2017

SENDAS PARA A MESMA META


"Aquilo que o mundo mais precisa atualmente é de fraternidade, primeiramente no coração do homem e, como seu reflexo, em uma síntese de suas partes e funções dispersas desse mundo. Essa síntese deve ser produzida por meio de uma crescente compreensão de unidades, através da dedicação àquelas unidades das diferenças que jazem à nossa volta por todo lado. (...)
É chegado o momento em que será reunido, em um todo, o conhecimento conquistado em diferentes campos através das pesquisas de especialistas, para que possamos ver os diversos processos evolutivos como parte de um plano. Similarmente, as crenças do mundo precisam ser compreendidas como preenchendo as mesmas necessidades humanas; homens e mulheres, de diferentes nacionalidades e raças, desempenhando diferentes funções, têm de compreender sua inseparabilidade, sua complementaridade e valor mútuo. Descemos na diferenciação de todo tipo; devemos 'ascender' à unidade da fraternidade."

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica - p. 91/92)

sábado, 7 de outubro de 2017

SUCESSO E FRACASSO NO OCULTISMO

"Todos os fracassos vêm do interior assim como todos os êxitos. Nenhum poder externo deve ser tido como o causador de um ou outro resultado. Ambas as sementes estão presentes no aspirante desde o princípio. Aquela que consegue germinar e crescer mais forte depende do indivíduo, especialmente do seu modo de pensamento e de vida.
O ocultismo infalivelmente mostra a pessoa como ela é. Tudo o que existe de bom ou de mal nela aflora. Nisto se encontra o mérito do forte, o perigo para o fraco. O ocultismo é a força que pode incinerar a impureza e revelar o ouro puro ou acender a paixão, inflamar o desejo, acentuar o orgulho. O mesmo agente é capaz de ambos os efeitos.
Todos os que se aproximam desta chama devoradora deveriam se precaver; pois ela tanto exala como consome. O puro de coração não tem nada para temer. Os orgulhosos e inflamados pela paixão estão em perigo desde o primeiro passo.(...)
Os Hierofantes somente observam, sabendo que a vitória e a iluminação, a derrota e o fracasso ocorrem. Eles também sabem que estas são experimentadas dentro do Envoltório Áurico do candidato ao Adeptado."

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Yoga - Ed. Teosófica, Brasília, p. 157)

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

COMPAIXÃO

"A maioria de nós estamos tão absorvidos em nossas próprias preocupações e dificuldades, que dificilmente percebemos o enorme sofrimento que existe no mundo, não somente em tempos anormais, como o atual, mas também quando tudo externamente está aparentemente bem. Até mesmo as horríveis calamidades em diversas partes do mundo que, infelizmente, sucedem de tempos em tempos, deixam de afetar nossos sentimentos e de evocar de nossa parte uma resposta realmente compassiva. (...)
E é somente quando penetramos nas causas do caos e sofrimento que existe no mundo e realmente desejamos mudar estas condições, então, somente, compreendemos o valor da Filosofia Esotérica, e a necessidade de aplicar as suas verdades à solução de nossos problemas sociais e econômicos. Vemos, deste modo, que quando a compaixão humana estiver adequadamente desenvolvida, nossa vida automaticamente ajustar-se-á ao trabalho que deve ser feito para criar melhores condições no mundo.
Sem esta compaixão verdadeira a fraternidade possivelmente degenera em mero dogma intelectual, o qual não é capaz de inspirar e de tocar nossos corações e, deste modo, todas as nossas atividades externas tendem a tornar-se estéreis e ineficientes."
(I. K. Taimni, Princípios de Trabalho da Sociedade Teosófica, Ed. Teosófica, p. 102)

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

LIMITES DE RESTRIÇÃO

"A raiz, os ramos e cada parte de uma planta contêm energia ou poder para crescer e se expandir, mas esse poder é restringido, de uma maneira misteriosa, até que seja necessário que ele entre em ação. Há muitos outros exemplos de limites estabelecidos pela natureza, mas geralmente não reparamos porque estamos familiarizados demais com o fenômeno. Plantas altas como o coqueiro não continuam a crescer indefinidamente; elas param antes de correr o risco de tombar.
Quando e como a natureza comunica que é hora de parar de crescer? Todas as coisas que estão crescendo param quando essa é 'a coisa mais sensata a fazer', se é que se pode usar tal frase. O sistema natural regula toda a vida e os relacionamentos mútuos na terra, produzindo equilíbrio. Quando uma espécie prolifera e se reproduz muito rapidamente, uma solução natural aparece, e a população dessa espécie começa a crescer, por uma razão ou outra. Se, por exemplo, ratos, esquilos, cobras e outras criaturas que procriam em grande quantidade forem mantidos sob controle pelo predadores, tanto predador quanto presa são beneficiados. Mas geralmente o equilíbrio se perde quando o seres humanos intervêm, temerariamente confiantes em seu conhecimentos superior."

(Radha Burnier, O papel dos limites, Revista Sophia, Nº 68, p. 20)
www.revistasophia.com.br

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

PENSA POSITIVAMENTE!


"A plantinha delicada da felicidade não medra senão nesse clima do pensamento positivo. 
Que diríamos de um homem que se recusasse a gozar dos benefícios da luz solar por saber que existem no globo solar enormes manchas escuras? ou que definisse o sol como grandes manchas tenebrosas rodeadas de luz? Em linguagem evangélica se chama essa filosofia negativista 'enxergar o argueiro no olho do irmão – e não enxergar a trave no próprio olho', quer dizer, 
ver sobretudo no próximo as faltas, embora pequeninas, e não perceber as suas próprias faltas, por mais enormes que sejam. Há uma terapêutica para estabelecer perfeita paz e felicidade na alma, e uma imperturbável harmonia na sociedade humana; consiste na observância do seguinte conselho: Homem, habitua-te a atribuir sempre ao próximo as virtudes que descobres em ti! – e a atribuir a ti mesmo as faltas que encontras no próximo!
O remédio é de efeito infalível – embora seja amargo como losna."

(Huberto Rohden, O Caminho da Felicidade)
http://universalismoesoterico.blogspot.com.br/

terça-feira, 3 de outubro de 2017

QUESTÕES DESAFIADORAS


"Se decidirmos não usar nossos braços, eles se atrofiam. Somente usados contra algum peso é que nossos músculos se desenvolvem. O mesmo acontece com a mente. Sem questões desafiadoras, ela também pode se atrofiar. Os desafios da vida proveem a resistência de que a nossa mente precisam para se desenvolver. Grandes mentes, como grandes atletas, desenvolvem-se fazendo esforços.
O desenvolvimento emocional também ocorre pela superação da resistência. Nossa família, amigos ou colegas podem agir de maneiras que nos aborreçam. Estranhos podem nos chatear, mas geralmente podemos nos afastar deles. Contudo, não se pode escapar de relacionamentos mais íntimos de maneira tão simples. Devemos superar os desafios que encontramos no trabalho ou em casa, porque não temos outra escolha. Isso nos força a desenvolver qualidades que nos permitirão lidar com as dificuldades. Num esforço para pôr fim à angústia emocional, buscamos força interior, o que resulta em mais paciência, coragem, tato e compaixão. Sem nenhuma resistência emocional, não teríamos necessidade de fortalecer nossa natureza interior."

(Ed Abdill, De volta à eternidade, Revista Sophia, Nº 68, p. 17)

www.revistasophia.com.br


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

MATÉRIA E CONSCIÊNCIA


"Buda ensinou que todo o sofrimento surge da ignorância. Pode ser óbvio para a maioria de nós que a ignorância de certos fatos a respeito da natureza causa sofrimento. Antes que a raça humana estivesse consciente da existência das bactérias, não se via ligação entre condições insalubres e doença. Sofrimento e morte eram muitas vezes o resultado dessa ignorância. No entanto, acredito que Sidharta tinha algo muito mais fundamental em mente quando disse que nosso sofrimento surge da ignorância. É a ignorância da nossa verdadeira natureza, é a ignorância de quem e do que realmente somos, a ignorância do fundamento de nosso verdadeiro ser."

(Ed Abdill, De volta à eternidade, Revista Sophia, Nº 68, p. 17)

www.revistasophia.com.br

domingo, 1 de outubro de 2017

CORPO FÍSICO - VEÍCULO DA ALMA



"Quando há trabalho que precisa ser feito, o corpo físico quer descansar, passear, comer e beber; e o homem que não sabe diz a si mesmo: 'Eu quero fazer estas coisas, e preciso fazê-las.' Mas o homem que sabe, diz: 'Aquele que quer não sou eu, e deve esperar um pouco. Frequentemente,
quando há uma oportunidade de auxiliar alguém, o corpo insinua: 'Quanto aborrecimento me trará isto, deixemos que outro qualquer o faça.' Mas o
homem que sabe replica ao seu corpo: 'Tu não me impedirás de praticar
uma boa ação.' (Aos Pés do Mestre, Krishnamurti)


Neste parágrafo Krishnamurti nos mostra como nos identificamos com o corpo físico. Essa identificação se dá, porque é por meio desse corpo que atuamos no plano físico denso, os quais são formados de matéria no estado sólido, líquido e gasoso. A nossa tarefa é trazer o corpo físico sob controle. Para tanto, é necessário que primeiro tomemos consciência de que ele é o veículo com que a alma pode experienciar estes níveis densos, através do sistema nervoso, onde deverá estar apto a "receber impulsos originados nos corpos superiores, tais como sentimentos, pensamentos e intuições e transmiti-los ao mundo físico através de ações” (Antonio Geraldo Buck)
Segundo I. K. Taimni, em seu livro Autocultura à Luz do Ocultismo: “O corpo físico tem alguma coisa que pode ser chamada semiconsciência, tem também hábitos, idiossincrasias e algo que corresponde à vontade, de modo que ele pode resistir, e resiste às nossas tentativas para mudar seus processos.” Todos nós sabemos como muitas vezes é difícil mudar um hábito, mesmo que tais hábitos tenham sua origem nos corpos mental e emocional, mas como diz o próprio Taimni, é no físico que ainda ficam resquícios a serem trabalhados, como levantar em determinada hora, deixar de comer algo que não nos faz bem, executar tarefas que exigem um esforço a mais e assim por diante. Mas aquele que sabe o porquê de estarmos encarnados nesse nível de matéria densa, também sabe que é tarefa nossa controlar o corpo físico, apesar de ser uma tarefa árdua, mas o processo deve se iniciar com a “desidentificação”, isto é, sabermos que não somos o corpo físico. Para tanto, a disciplina é fundamental para que se tenha o corpo físico sob controle, sem castigá-lo ou mortificá-lo. Temos que ter em mente que para que ele possa ser um bom veículo é necessário que goze de boa saúde, a fim de que possa desempenhar a contento suas funções.

Tirza Fanini