sábado, 24 de janeiro de 2015

A SENDA


“Há só um caminho para a Senda e só em no seu final se pode ouvir a ‘Voz do Silêncio’. A escada pela qual o candidato ascende é formada por degraus de sofrimento e dor; esses só podem ser calados pela voz da virtude. Ai de ti, ó Discípulo, se restar um único vício que não abandonaste; porque então a escada cederá, fazendo-te cair. A base da escada está apoiada no profundo lodo dos teus pecados e faltas. Antes que possas tentar atravessar esse largo abismo de matéria, tens de lavar os teus
pés nas águas da renúncia. Acautela-te não vás pousar um pé ainda sujo no primeiro degrau da escada. Ai daquele que ousa macular um só degrau com seus pés lamacentos. A lama vil e viscosa secará, tornar-se-á pegajosa, e acabará por colar-lhe o pé ao degrau; e, como uma ave presa no visco do caçador astuto,
ele será afastado de todo o progresso ulterior. Os seus vícios tomarão forma e o arrastarão à queda. Os seus pecados erguerão a voz, como o riso e o soluço do chacal depois do pôr do sol; os seus pensamentos se converterão em um exército, levando-o consigo, como um escravo cativo. (...) Funde num só sentido todos os teus sentidos, se queres estar seguro contra o inimigo. É só por aquele sentido que está oculto na cavidade do teu cérebro, que a Senda íngreme que conduz ao teu Mestre pode se revelar aos olhos turvos da tua Alma.”
(Blavatsky, A Voz do Silêncio, Ed. Teosófica)

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