sexta-feira, 19 de maio de 2017

VAZIO ABSOLUTO: O FUNDAMENTO DA PERCEPÇÃO


"Os espaços vazios do fluxo mental - os espaços entre pensamentos, os momentos de calma, as sensações difusas percebidas - representam um tipo relativo de vazio. Estas lacunas são relativamente sem forma, em comparação com as formas mais concretas de pensamento, percepção ou emoção. Mesmo assim, o vazio destas lacunas é apenas relativo, porque é facilmente perturbado ou desalojado pelo momento seguinte de atividade que ocorre no fluxo mental. Esse tipo de quietude é simplesmente mais uma experiência entre várias - que os tibetanos chamam de nyam (experiência temporária).
Além do vazio relativo que descobrimos nessas colunas do fluxo mental está o vazio absoluto da consciência não conceitual, muito maior e considerado pelo budismo como a essência verdadeira da mente. Essa consciência não conceitual representa uma imobilidade absoluta, ou um vazio cujo espaço e silêncio permeiam as atividades da mente, não podendo ser desalojados. A prática da meditação pode nos auxiliar a perceber a grande imobilidade existente dentro do movimento, o silêncio maior dentro do som ou a ausência de pensamento na atividade mental."

(John Welwood, O jogo da mente: forma vazia e outros, TheoSophia, publicação da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 106)

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