sexta-feira, 16 de junho de 2017

HARMONIA

"Pelo fato da harmonia ser a ordem universal, nosso progresso interior, como seres morais e espirituais, depende de readquirirmos o senso de harmonia que perdemos. Os outros filhos da natureza não têm problemas como nós, pois são inteiramente parte do todo e livres do sentido de ego. Mas nós, seres humanos, alienamo-nos da natureza, nossa mãe, e dos seus outros filhos de muitas espécies. Portanto, viver em paz é um problema para os seres humanos. Harmonia, felicidade e paz caminham juntas. Prova disso é quando nos desentendemos com alguém; sempre nos sentimos infelizes, ou pelo menos constrangidos. Assim, para seguir além na estrada que leva à felicidade, devemos recuperar a harmonia. Como diz aquele belo texto em A Voz do Silêncio: 'Antes que alma possa ver, a harmonia interior deve ser atingida, e os olhos da carne devem tornar-se cegos à ilusão.'"

(Radha Burnier - A lei da harmonia universal - Revista Sophia, nº 28 -)

quinta-feira, 15 de junho de 2017

A MÔNADA

"O Espírito, que é 'o fruto de Deus', reside sempre no seio do Pai, como verdadeiro filho de Deus, e compartilha a Sua vida eterna. Deus fez o homem para ser 'a imagem da Sua própria eternidade'. A esse Espírito chamamos Mônada, porque é uma unidade, a verdadeira essência da Personalidade. A Mônada, quando desce para a matéria, a fim de conquistá-la e espiritualizá-la, apreende para si própria um átomo de cada um dos três mundos superiores, para deles fazer os núcleos dos seus três corpos superiores – o superespiritual, o espiritual e o intelectual. A esses corpos, com um fio de matéria espiritual (búdica), liga-se também uma partícula de cada um dos três mundos inferiores, núcleos dos seus três corpos inferiores.
Por longas, longas eras, ele paira sobre esses núcleos, enquanto seus futuros corpos mortais, apenas tocados com a sua vida, escalam vagarosamente a subida através dos reinos mineral, vegetal e animal, enquanto pequenas agregações da matéria dos três mundos superiores (a 'morada de Deus... nos céus') formam um canal para a sua vida, começando a manifestar-se naqueles mundos; e quando a forma animal atinge o ponto em que a vida que sobe faz um forte apelo ao superior, ele envia através dela, em resposta, uma pulsação de sua vida, e o corpo intelectual subitamente é completado, tal como a luz lança raios entre os carvões de um arco elétrico. O homem então está individualizado para a vida nos mundos inferiores. "

(Annie Besant - O Enigma da Vida - Ed. Pensamento) 

quarta-feira, 14 de junho de 2017

REENCARNAÇÃO


"A crença na reencarnação mostra-nos que há no universo uma espécie de justiça ou bondade suprema. É essa bondade que todos estamos querendo descobrir e libertar. Sempre que agimos positivamente, movemo-nos na direção dela; sempre que agimos negativamente, nós a obscurecemos e inibimos. E sempre que não podemos expressá-la em nossas vidas e ações sentimo-nos infelizes e frustrados. 
Assim, se tiver de tirar uma mensagem essencial do fato da reencarnação, seria esta: desenvolva esse bom coração que deseja ardentemente que os outros seres encontrem felicidade duradoura, e que age para assegurá-la. Nutra e pratique a bondade."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena)

terça-feira, 13 de junho de 2017

O DISCÍPULO


"Todos os seres humanos, mesmo aqueles no limiar do Adeptado, não estão igualmente desenvolvidos. Aqueles que os Mestres usam são escolhidos por causa de uma ou mais qualidades ou capacidades marcantes. Essas são inevitavelmente acompanhadas por certos defeitos anômalos, porque o trabalhador ainda é humano. Os Mestres não estão cegos para os defeitos e tampouco desculpam as ações que Seus discípulos geram, com o uso continuado que fazem desses indivíduos. Eles usam todo material disponível, empregando as qualidades e capacidades úteis para Seu trabalho, ajudando dessa forma na eliminação dos defeitos. O encorajamento de um Mestre não deveria ser interpretado como aceitação de toda a personalidade ou aprovação de seus óbvios defeitos. O método do Mestre parece ser o de colocar em relevo as qualidades e de ignorar os defeitos. As críticas humanas, portanto, são valiosas quando seu julgamento é correto, ao suplementar o encorajamento das boas qualidades pela atenção dada ao seu oposto."

(Geoffrey Hodson, Luz do Santuário)

segunda-feira, 12 de junho de 2017

PASSOS PARA A EVOLUÇÃO


"Escreve Dr. Carrell:'Um ser humano tem o estranho privilégio de poder moldar seu corpo e sua alma se assim desejar, com o auxílio de sua própria alma. Alguém pode aprender a se manejar como aprende a manejar um aeroplano'. Então ele pergunta: 'O que a vida, tal como pode ser vivida, nos dará em troca da indolência, de nossos apetites? No princípio nos trará esforço, sacrifício e sofrimento, como qualquer disciplina com o propósito de treinar a mente, os órgãos e os músculos. Mais tarde nos dará algo de valor inestimável; algo que sempre será negado àqueles que vivem para o prazer, proveito ou diversão. Esta alegria indefinível, peculiar, que uma pessoa sente quando compreende é o sinal com o qual a vida marca seu momento de triunfo; o momento quando nossas atividades física e mental atingem o fim prescrito pela ordem das coisas'. E ele nos diz que naqueles que se mantiverem fiéis a esse propósito durante toda sua vida o espírito continuará a se erguer até o fim."

(Clara M. Codd – A Técnica da Vida Espiritual, Ed. Teosófica)

domingo, 11 de junho de 2017

A PLENITUDE DA SIMPLICIDADE



"Disseram-me um dia, Senhor, que tu existias antes que ser algum existisse. E eu pensei com terror nessa tua eterna solidão – e quase tive pena de ti. Não sabia eu, nesse tempo, que o teu eterno existir não era uma eterna
solidão, um vácuo imenso, um deserto  metafísico – mas sim, uma eterna epopeia de luzes e cores, um drama de intensa atividade, um universo de exuberante beleza.
Dentro do teu divino poder fulgia um sol imenso de saber e cantava um paraíso
de querer – e onde há poder, saber e querer, existe a plenitude da felicidade.
Todas as energias do poder que, em pequeninas parcelas, andam esparsas
pelo vasto panorama do cosmos – residem, centralizadas, em ti, ó Pai eterno.
Todas as luzes do saber que, com flamas celestes, iluminam inteligências angélicas e humanas – estuam no teu seio, ó Filho eterno. Todos os incêndios do querer que, em vivas labaredas, ardem em milhares de
corações amantes – lavram com ilimitada potência, em tuas profundezas, ó
eterno Espírito Santo. A eterna Divindade era um eterno intercâmbio de potência e amor.
Para a nossa acanhada concepção humana, parece a multiplicidade excluir a
unidade – mas, no seio da Divindade, atinge a pluralidade o mais alto zênite da
unicidade. (...)
Tu, porém, meu Deus, podes aventurar-te aos mais longínquos horizontes da
aparente dispersão sem perder a mais perfeita centralização – tão grande é o
poder da tua unidade...

Ó mistério da incompreensível Divindade!"


(Huberto Rohden, De alma para Alma, http://universalismoesoterico.blogspot.com.br/)

sábado, 10 de junho de 2017

SER NTERIOR

"Comecemos por pensar acerca de nós mesmos e vejamos o que nos vem à mente. Resultará que cada qual, naturalmente, pensará de si tal como aparece fisicamente, como se vê no espelho, com o rosto que lhe é familiar e chamando-se pelo nome que é seu no presente. Essa é a primeira ilusão que se tem de fazer desvanecer, pois enquanto pensarmos em nós crendo que somos o corpo físico, continuaremos identificados com esse corpo; e isso é precisamente o que não devemos fazer.
Ao identificar-nos com o corpo físico ou com a sua contraparte sutil, o corpo etérico, nos escravizamos aos seus desejos e condições de existência. Por conseguinte, nosso corpo físico irá se contrapor a qualquer alteração nas circunstâncias a que está sujeito e seguirá seu próprio caminho, em vez do nosso. O resultado será debilidade, má saúde e certa indolência ou embotamento do corpo, que o incapacita de responder ao Ser interior."


(J. J. Van Der Leeuw - Deuses no Exílio - Ed. Teosófica, Brasília, http://chavesparaasabedoria.blogspot.com.br/2017/03/)

sexta-feira, 9 de junho de 2017

PALESTRA PÚBLICA - SOCIEDADE TEOSÓFICA, SUA HISTÓRIA, SUA MISSÃO

KARMA


"(...) Tudo o que acontece conosco agora reflete nosso carma passado. Se sabemos disso e o sabemos realmente, sempre que sofrimento e dificuldades nos atingem não os vemos mais como falhas ou catástrofes, nem os vemos de modo algum como punição. Não nos culpamos mais, nem nos permitimos odiar a nós mesmos. Vemos que a dor que atravessamos é a culminância dos efeitos, a fruição de um carma passado. Os tibetanos costumam dizer que o sofrimento é 'uma vassoura que varre todo o nosso carma negativo'. Podemos até ser-lhes gratos porque um carma está chegando ao fim. Sabemos que a 'boa sorte', um fruto do bom carma, pode logo passar se não a usarmos bem, e a 'má sorte', o resultado do carma negativo, pode na verdade estar dando a nós uma maravilhosa oportunidade de evoluir."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena)