quinta-feira, 29 de junho de 2017

TOLERAR OU COMPREENDER?


"Ser tolerante para com outras religiões e ideologias parece grande elogio a muita gente – quando, de fato, é uma atitude assaz censurável, embora melhor que a intolerância. O que muitos entendem com “ser tolerante” é o seguinte: Eu estou com a verdade você está no erro; mas como eu sou um sujeito bom e pacífico, eu tolero generosamente os seus erros – sou tolerante.
Esta espécie de tolerância é, no fundo, orgulho e hipocrisia.
Mas quando alguém compreende que cada indivíduo tem o seu caminho peculiar rumo à verdade, e que cada um tem o direito e o dever de seguir o caminho que condiga melhor com a sua índole individual, então não despreza nem “tolera” simplesmente os seus companheiros de jornada que trilham outros caminhos; mas a sua visão panorâmica lhe diz que esses seus sócios de ideal são seus amigos e colaboradores – assim como as cores várias de um prisma são todas manifestações da única luz incolor, e nenhuma das cores tem o direito de desprezar as outras como sendo erradas; o vermelho, o verde, o azul, etc. são todos efeitos complementares da causa única da incolor. Nenhuma “tolera” a outra. Complementaridade não é hostilidade. A harmonia do universo exige variedade na unidade.
Onde há verdadeira compreensão da verdade, aí acaba tanto a intolerância como a tolerância.
Será que a rosa deve tolerar o cravo? Será que o rubi deve tolerar a esmeralda? Será que o condor deve tolerar o canário?..."

(Huberto Rohden, Roteiro Cósmico - Universalismo, http://universalismoesoterico.blogspot.com.br/)

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